“Il borgo di Savignano sul Panaro” [o burgo de Savignano sul Panaro] por Silena Lambertini in Panoramio, consultado em 15 de abril de 2012.
Valentino Cesare Ferrari, da Casa de Cervara (1) para Rosola (2), de Rosola para Zocca (3), de Zocca para Rocca Malatina (4), de Rocca Malatina para Montetortore (5), de Montetortore para Savigno (6), de Savigno para Savignano sul Panaro (7), de Savignano sul Panaro para Vignola (8).
Do ponto um para o ponto dois, a queda – seu irmão padre usava uma bengala. Ele, sapateiro, interessado nos pés e nos passos, no andar e no prosseguir, mesmo coxeando, mesmo com a perda inscrita na carne – marca de pertença. Do dois para o três, a adição, os encontros que se dão a céu aberto, noites claras, as colinas de Carolina, geografia íntima e estranha, jeito de Cervara, as mãos que pintam e bordam, e aí, do três ao quatro, a pedra no meio do caminho – uma subtração? Uma divisão? Rocca, rocha, a pedra dura, Rocca malata, a rocha doente, rocha dolorosa, obstáculo maior, a dureza e a aspereza, o incontornável limite, o avanço impossível, e então a visão das paralelas, a linha outra do cinco, cinque, ele dizia tchinquê, tim-tim por tim-tim, a montanha dos tortos, a vertigem dos que se sabem falhos, desorientados, e erram na subida, erram na descida, tropeçam de repente numa via impensada, imprevista, um dia de cada vez, de um ponto a outro, ao redor, em volta do rio, rumo ao desrumo do ponto seis, pontos cruzados, como as palavras, pontos desalinhados – quem disse que a vida é em linha reta? – pontos distantes, longínquos, além da névoa, e daí de volta, o chamado do rio, a saudade, os dois pontos, o sete e o oito, sobre o Panaro, ao lado do Panaro, dentro do Panaro, através do Panaro, para o derradeiro fim, o retorno amniótico ao ventre da montanha – pó, ossos, S.O.S., só.
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