“Até aqui falei da pesquisa sobre o nascimento de Luigi e dos outros filhos do nono Valente. Aí, estávamos muito curiosos para saber onde havia nascido Valente, porém não conseguíamos descobrir, porque diziam que ele havia nascido em Zocca, mas a comuna de Zocca tem muitas paróquias e paesinos [aldeias], com suas pequenas casas e igrejas, entre as quais Missano, Montalbano, Monteombraro, Ciano e todos os seus paesinos. Fomos até o padre Sérgio, no santuário de Verrucchia, para começar a pesquisa, e de lá até a igreja de Montalbano. Folheamos diversos livros de batismo, porém Valente não estava registrado lá. Aí fomos até o padre Ivo, na igreja de Missano, e lá tampouco encontramos o registro de Valente Ferrari. Aí fomos a Monteombraro, mas também lá não havia registro de Valente Ferrari. Restava Ciano e Rosola. Assim, voltamos ao padre Sérgio e começamos a folhear o livro [de batismo da igreja San Leonardo de Rosola] e tivemos muita sorte. Encontramos o ano de nascimento de Valente e, com Valente, encontramos todos os seus irmãos e irmãs, inclusive a data de nascimento de seu pai [Marco], toda a história do nascimento deles. Na paróquia daquela época existia um outro livro, o Livro das Almas, e neste livro se encontrava o estado da família [um registro do casal e de seus filhos indicando a região onde moravam]. Padre Sérgio nos deu uma fotocópia do estado da família de Marco [fotocópia já reproduzida neste livro]. A primeira coisa [deste estado da família] é que Marco nasceu em Rosola, na casa de Cervara – não. Me retifico. Mario se casou em 1830 com Maria Flandi e aí foram morar em Cervara até sua morte, onde nasceram todos os seus filhos, dentre os quais Valente. Aí ficamos curiosíssimos em saber onde se localizava esta casa. Tivemos uma pequena pista de que a casa se localizava próxima ao rio Panaro até que, um belo dia, quando chegou Leonardo com sua mulher e filha na Itália, fomos até o padre Sérgio e lhe pedimos informações mais precisas para chegar à casa de Cervara. Ele nos indicou o campanário [o homem que cuidava e tocava os sinos da igreja, Anselmo Biagini], que há cinquenta anos vivia naquela região e conhecia casa por casa de lá. Ele gentilmente nos acompanhou para encontrar esta bela casa, numa belíssima colina, com uma vista maravilhosa, onde à frente se descortinava Verica, onde nasceu a mulher de Marco, Maria Flandi, e onde à volta se vê todo o vale do Panaro – foi uma emoção maravilhosa, indescritível, e que agora pode ser contada também por Leonardo.”
Tradução de Leonardo Ferrari.
sublime!
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